O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trânsito e de seus Familiares, que acontece no próximo domingo (18), certamente trará más lembranças para muitas das famílias de Brusque. Dados fornecidos ao repórter Júlio Mocellin por Antônio Pucci, diretor Técnico do Hospital de Azambuja, mostram que apenas neste ano cerca de 4 mil pessoas sofreram ferimentos nos mais de 2.300 acidentes registrados na cidade.

A média alarmante de 400 vítimas por mês provocou ferimentos graves em 20% dos atendidos. Os casos muito graves envolveram 2% dos pacientes. Pucci denuncia que cerca de 90% dos condutores feridos, e que foram socorridos no Hospital de Azambuja, apresentavam algum grau de embriaguez.

Na visão do diretor, são muitos os fatores que contribuem para que o trânsito em Brusque possa ser definido como “em estado de guerra”. Ruas estreitas, danificadas e mal sinalizadas, transporte coletivo precário, número de veículos por pessoa acima da média nacional e o elevado número de motoristas embriagados são, na visão dele, as principais causas da média de 297 acidentes mensais em Brusque.

O número absurdo de acidentes tem deixado seqüelas gravíssimas nas vítimas, colaborando de forma decisiva para que o custo social da saúde pública em Brusque atinja índices verdadeiramente preocupantes.

As estatísticas da Polícia Militar de Santa Catarina indicam que o volume de acidentes de trânsito em Brusque, com cerca de 90 mil habitantes, supera proporcionalmente a média registrada na capital de São Paulo, onde residem 12 milhões de pessoas.